sexta-feira, 19 de março de 2010

FLERTE (Absoluto)


Depois daquele dia cheguei mais perto daquele que se esconde no meu inconsciente. Ouvi certa vez que um homem não pode ser totalmente bom ou puro, e tão pouco mal de tudo. Li na bíblia que não há quem nunca cometa um pecado ou que faça sempre o bem. Naquela noite eu queria provar o que meu corpo nunca havia provado antes, meu desejo de servir a um outro que vive dentro de mim, mas nunca cheguei a conhece-lo foi mais intenso, parecia haver uma mistura de duas partes uma boa e uma perversa, e esta se sobrepunha aquela de maneira a sufocar de prazer a minha alma. Eram dez horas, já não tinham muitas pessoas na rua, eu estava suado, ele estava completamente limpo, cheiroso, arrumado. Eu o senti como se dele exalasse um aroma perturbador, ele me sentiu completamente afim. Com poucas palavras nos distanciamos dos conhecidos e fomos destinados a um só objetivo. buscamos um lugar ideal e promíscuo ao mesmo tempo. Ele queria algo normal, eu queria a força. Ele tinha amor, eu eu sentia pura luxúria. Ele buscava consolo, eu sentia raiva e afeto ao mesmo tempo. Não pude suportar muito tempo, avancei e em pouco tempo lá estava eu atrevido, acariciando-o com força, força essa que era retribuída com mais força ainda. Travamos uma disputa onde o objetivo era subjugar o outro. A sua mão era forte, meus punhos serravam um no outro, circundando-o com meu braços formando uma algema corporal. Eu o segurei com força e mordi sua nuca, ele por um breve momento hesitou e me deu um beijo no pescoço. Estava-mos nús, sós, abraçados e lubrificados pelo suor de nossos corpos, mesmo escuro eu olhava atenta mente para seus olhos e via que sua firmeza abrigava medo de acabar mal. Eu não queria simplesmente sexo, eu queria um pedaço de sua carne, minhas unhas estavam cravadas em suas costas, as dele em meu pescoço, e em um beijo longo chegamos a conclusão de que deveria-mos parar por ali e sermos só amigos. nos despedimos, ele olhou para traz, eu segurei minha cabeça na direção oposta a dele. Eu saciei minha vontade carnal e nem se quer fiquei com seu numero de telefone e tudo estava normal no dia seguinte.



(servo viajante)