quarta-feira, 28 de abril de 2010

No meu travesseiro.


Uma professora de psicologia das relações humanas me disse uma frase que me deixou bastante alerta. Ela disse: "O problemas de ter-mos problemas é que infelizmente eles só dizem respeito a nós mesmos".
Quando ouve sua voz pronunciando estas palavras simples, e sabias, pensei em muitos conceitos errados que eu tinha antes sobre o que realmente é ser EGOÍSTA.
Alimentar o ego de verdade não é uma coisa muito boa, mas levando em consideração a afirmativa dita anteriormente pela professora percebi que temos que de certa forma ser-mos egoístas para nos proteger.
Quantas vezes somos amigos para ouvir e nunca somos ouvidos, quantas vezes queremos contar algo que não é do interesse de outro, só pelo prazer de desabafar. Quantas e quantas vezes cedemos e não dizemos não, para manter a amizade, nos disfazemos de coisas que gostamos para as emprestar a outro amigo porque também gostamos dele.
No trabalho. Quantas vezes baixamos a cabeça e cedemos tempo e dedicação em prol de uma promoção que nunca vem, ou por ter medo de ser-mos demitidos, e de chegar-mos em casa abatidos por não ter-mos conseguido mais uma vez o que desejava-mos no inicio de tudo.
No amor. Quantas vezes nos questionamos se realmente amamos, e nunca nos abrimos ao outro por medo de perde-lo. Quantas vezes nos vestimos para impressiona-lo quando gostaria-mos de sentar no sofá, assistir TV, comer pipoca ou beber até virar e cair.
Na espiritualização. Quantas vezes negamos ao próximo, filho de Deus criador e deito a sua imagem e semelhança, por mero preconceito imposto por uma sociedade que ainda não conhece o significado do Deus livre e que dá liberdade.
Na intimidade. E tantas vezes que gostaria-mos de ser nós mesmos mas temos vergonha do que os outros poderiam achar, e acabamos tornando mais intimos ainda essa vontade, até que ela se esconde num lugar muito difícil de achar depois.
Quando chega a noite, percebemos que somos nós e não os outros a quem dedicamos toda a nossa preocupação, quem se deita com todos esses problemas que como ja dissemos antes, só dizem respeito a nós mesmos, e nos afogamos num sono envolvido de cansaço e infelicidade que nos anestesia e não se resolve.
Quando pensar-mos em ceder ou abrir mão de qualquer coisa nos coloquemos em primeiro lugar nessa decisão pois não ha como ajudar uma outra pessoa se vivemos cercados pelas nossas próprias atribulações e assunto mau resolvidos.


(Servo Viajante)

quarta-feira, 21 de abril de 2010

LONGA E INTERMINAVEL


A vida é cheia de sacrifícios. Tudo que é bom custa muito caro, tudo o que queremos muito exige preços altíssimos. E bom pensar que tudo também é alcançável, mas, depende muito de quanto queremos pagar por isso. Depende mais ainda dos riscos que temos coragem de nos submeter para chegar lá.
Eu lembro até hoje do olhar triste de minha mãe que se esforçava para soltar uma lágrima de despedida mas não podia pois os remédios haviam levado de si toda expressão de sentimento que um dia existiu.
Eu lembro do olhar de desconfiança que muitas vezes encarei para poder vender um livro ou um produto qualquer. Lembro do dinheiro curto para o orçamento. Lembro do colchão sobre a madeira de um piso frio, que muitas vezes era meu único consolo. De toda a batalha para me tornar uma pessoa melhor.
Eu também me lembro do abraço de um amor que deixei. Do afago que poderia ter muitas e muitas vezes me alegrado se eu quisesse ter uma vida mais simples, lembro de tudo isso.
Ainda estou caminhando para atingir tudo o que desejo, mas, porque o que desejo muitas vezes não vem no tempo certo?
Hoje Sinto que eu poderia ter seguido outro caminho, mas sinto também que este foi o único que me ensinaram.
Sei que fora desta busca interminável pelo "ALCANÇAR", eu jamais teria objetivo na vida.
E se minha unica forma de viver for esta, espero poder viver cada etapa deste caminho de ironias fúteis, como se alcançasse velhos objetivos e novas emoções.

(Servo Viajante)