sábado, 19 de junho de 2010

Livre para prender-me a ti.



Nasci livre das roupas , dos relógios, das pulseiras.

Nasci sem “eira nem Beira” sou da zueira, quero curtir.

Cresci livre, do álcool, do sapato, e por muitas tomei rum dentro dele.

Da amargura, do sofrimento, do desprazer, fiquei longe, fui mais longe, fui atrás de você, e, te encontrei, me amarrei, mas, sem me prender, grudei no teu ser.

Não sou viciado, não fumo cigarro, só “baseado prensado”, e de vez em quando, quando me lembro, que não é um “chumaço de fumo” preto que vai me deter, volto a realidade da vida que me fez crescer pronto para outra pessoa depois de você. Nunca encontrei!

A intenção era voar, e te agarrar pelos teus cabelos vermelhos, como homem das cavernas faz, mas, não te arrastando no chão, voando sim, por todo o céu, e em cada nuvem de algodão doce pousar e tomar a velha cachaça de nossos avós. Logo após despencar-mos-ia em uma queda livre, que se desfaria em uma rasante pelo rosto da terra, eu com a mão na tua perna, sem te deixar cair, permaneceria livre mas sem ter para onde ir, porque minha prisão é você, jamais quero me soltar, agora que cresci.

(Aluizio de Lima Lopes)

Um comentário:

  1. Felicidades meu caro amigo pinto baiano ! E sucesso pro seu blog! Maneira essa aew hein ! "Nasci livre das roupas..." a parte indigena da tua história revelada aqui hein xD

    By lool

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